USO DE CANABINOIDES PARA TRATAMENTO DE DOENÇAS NEUROLÓGICAS
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Resumo
Mais conhecida como maconha, a Cannabis Sativa é uma erva geralmente para fins recreativos na forma de cigarro e é um tabu na sociedade por conta do seu efeito no sistema nervoso do indivíduo, alterando momentaneamente o equilíbrio, causando relaxamento. Com o uso prolongado, afeta a cognição ocasionando lapsos de memória. Além desses efeitos, a erva tem grande poder farmacológico. Portanto, sabendo de suas propriedades terapêuticas, o estudo tem como objetivo descrever o uso de canabinoides para o tratamento de doenças neurológicas. Trata-se de uma revisão de literatura de caráter exploratório. O CDB foi usado como tratamento de convulsão no ano de 1843, em tratamento em uma recém-nascida com crises de convulsão severa que resultou na interrupção das convulsões (2). Estudos feitos nos anos 70 e 80 em voluntários saudáveis, revelaram que com o uso do Canabidiol os índices de ansiedade diminuíram consideravelmente, e com as doses elevadas de THC, foi percebido efeitos psicotocomiméticos, fazendo-se pensar que o CDB tenha efeitos ansiolíticos ou antipsicóticos (1). Além do tratamento de convulsão e ansiedade, o CDB é utilizado para tratamento de esclerose múltipla, doença neurológica autoimune, causada por processos inflamatórios que danificam os neurônios do sistema nervoso central, incapacitando e progredindo para morte cerebral. Considera-se que o CDB tem grande potencial de pesquisa para tratamento de disfunções do sistema nervoso central, proporcionando bem-estar e qualidade de vida para pacientes que sofrem de doenças neurológicas, o que aponta para a necessidade de amplos estudos envolvendo a temática e contribuindo para tratamentos menos agressivos e mais eficazes.