POPULAÇÃO RIBEIRINHA E PROMOÇÃO DA SAÚDE

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Júlia Graziele Santos Nunes
Jessica de Sousa Vale
Natalí Máximo dos Reis
Douglas Pereira do Nascimento

Resumo

Em território brasileiro, não encontramos somente habitantes nos espaços urbanas e rurais, existe também um grupo que vive nas margens do rio conhecidos como ribeirinhos, a maioria deles no estado amazônico. Os ribeirinhos são um grupo de pessoas que moram em casas flutuantes e/ou nas margens dos rios, são comunidades de baixa renda, vivem do que a natureza fornece, dos seus próprios trabalhos artesanais e plantios, passam muitas dificuldades e perigos. É uma população vulnerável a vários tipos de doenças e tem pouco acesso ao atendimento de saúde, isso faz com que eles busquem cura para seus problemas diretos da natureza e de suas crenças místicas. Isso tudo está relacionado com a condição de vida que os ribeirinhos levam ausência de saneamento, necessidade de atendimento adequado a saúde, hábitos alimentares e condições das moradias precárias (1,2). Sabendo dessa realidade, o presente estudo tem o objetivo de discorrer sobre a promoção da saúde aos povos ribeirinhos. A pesquisa realizada consiste numa revisão de literatura de caráter descritivo realizado por meio das bases de dados. A comunidade ribeirinha precisa de recursos básicos, como saneamento, eletricidade de boa qualidade e atendimento de saúde mais frequente. Dependem das áreas urbanas para comprar utensílios, alimentos entre outros serviços que necessitem e principalmente ter assistência à saúde. O deslocamento para a cidade é feito por via fluvial, para viajar de barco no rio até a cidade leva-se horas ou até dias de viagem. Os ribeirinhos são suscetíveis a doenças infecciosas como malária, hepatites virais, anemia, doenças causadas por parasitas, contaminação através da água e alimentos, contaminação com mercúrio através dos peixes, doença de Chagas, diabetes e hipertensão (3). Existem vários programas já implantados que deveriam alcançar todas as comunidades ribeirinhas algumas delas são as Estratégias de Saúde da Família (ESF), as autoridades governamentais municipais, estaduais e federais, Brasil sem miséria, territórios da cidadania, plano nacional de segurança alimentar, rede cegonha, Brasil carinhoso e Brasil sorridente. Embora já executem os atendimentos em parte dessas comunidades, necessita-se de extensões para poder alcançar 100% delas, e, assim, evitar com que as enfermidades sejam disseminadas e forneça o direito da saúde para todos (4). Diante deste contexto, é importante aprimorar ainda mais as Políticas Públicas voltadas para a saúde dessa população, lançar novas estratégias e aperfeiçoar as já existentes, levando em consideração o princípio de que a atenção em saúde deve seguir em direção as necessidades específicas dos grupos, sendo assim um desafio dinâmico e permanente. Os ribeirinhos possuem o direito de conhecer e receber todas as ações direcionadas a eles, assegurando o direito à saúde em todas as dimensões compreendidas nos princípios que organizam e doutrinam o SUS.

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