ESTRESSE HÍDRICO NA FLORESTA AMAZÔNICA ALTERA A DISTRIBUIÇÃO E CONTEÚDO DE AGREGADOS E O ESTOQUE DE C E NUTRIENTES DO SOLO

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Possidônio Guimarães Rodrigues
Saime Joaquina Souza de Carvalho Rodrigues
Gabriel Pompeu Rosa
Hernani José Brazão Rodrigues
Antônio Carlos Lola da Costa
Maria de Lourdes Pinheiro Ruivo

Resumo

Pesquisas com manipulação de recursos são ferramentas essenciais para entender o impacto das mudanças no ecossistema proporcionadas por eventos extremos, como uma seca prolongada em ambiente úmido. Objetivou-se avaliar o estoque de C e nutrientes no solo, e a massa e teores de C e N de agregados do solo de floresta tropical úmida sob 14 anos de seca induzida em experimento de longa duração (ESECAFLOR) na Floresta Nacional de Caxiuanã, Amazônia oriental. O estudo foi conduzido nas parcelas denominadas Parcela A (controle) e Parcela B (exclusão de aproximadamente 50% da água da chuva continuamente desde 2001), cada uma com 1 ha. Amostras de solo foram coletadas em três camadas (0,0-0,1; 0,1-0,2; 0,2-0,3 m) em março de 2015, em quatro pontos (n=4) utilizando-se trado holandês (nutrientes), amostrador de anel cilíndrico (densidade) e trincheira para retirada de monólitos de 1 dm³ para agregados do solo. Foram determinados os teores de C, N, P, Ca, Mg e K, a densidade do solo, a massa de agregados das classes de diâmetro: >4; 4-2; 2-1; 1-0,25; 0,25-0,053 e <0,053 mm e os teores de C e N em cada classe de agregados. Os dados foram submetidos à análise de variância e as médias foram comparadas via teste t (estoque C e nutrientes) e Tukey (massa e teores de C e N dos agregados). Ocorreu diferença significativa na densidade do solo e estoque de nutrientes entre as parcelas A e B. O estoque de C do solo foi maior na Parcela A e os estoques de P, K e Mg foram maiores na parcela B em todas as camadas avaliadas.  A Parcela A apresentou maiores massas de macroagregados, e em ambas parcelas houve maior teor de C e N nos microagregados. A seca induzida na floresta afetou a agregação do solo e a dinâmica de C.

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