VIOLÊNCIA CONTRA A PESSOA IDOSA EM UMA CAPITAL DA AMAZÔNIA LEGAL ENTRE 2016 E 2021: UM ESTUDO EPIDEMIOLÓGICO

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Carla Adriane Lara da Silva
Kátia Fernanda Alves Moreira

Resumo

Introdução: O processo de envelhecimento traz desafios à saúde da pessoa idosa, sendo a violência um fator preocupante devido o aumento da vulnerabilidade que traz consequências inestimáveis. Objetivo: analisar o perfil epidemiológico das notificações de violência contra a pessoa idosa no período de 2016 a 2021. Material e métodos: estudo ecológico, descritivo, realizado no Departamento de Vigilância em Saúde da Secretaria Municipal de Saúde de Porto Velho-RO, cuja população alvo foram pessoas idosas, residentes no município, acometidas de algum tipo de violência interpessoal/autoprovocada e notificadas entre 2016 e 2021. Os dados foram analisados por meio da estatística descritiva através de frequências absolutas e relativas, discutidos à luz da literatura. Resultados: entre 2016 e 2021, foram notificados 59 casos de violência contra a pessoa idosa. A maioria aconteceu entre 60 e 69 anos (55,93%), sexo feminino (50,85%), raça/cor parda (60,01%), casados/união consensual (27,12%), com ausência de deficiência ou transtorno físico/mental (55,93%) e escolaridade ignorada/branco (50,85%). As violências interpessoais foram as mais notificadas (93,22%) sendo (42,37%) violência de repetição, na residência (81,36%), cujas principais unidades notificadoras foram às emergências (62,71). A violência física foi a mais frequente no sexo masculino (54,05%) e o abuso psicológico/moral (73,33%) no sexo feminino. O meio de agressão preferencial foi de força corporal/espancamento (38,57%) e o principal abusador foi o filho(a) (23,53%). Conclusão: foi evidenciada a necessidade de uma investigação aprofundada referente aos inúmeros casos subnotificados e a importância do cuidado voltado à saúde da pessoa idosa de maneira integral em todas as Redes de Atenção à Saúde, principalmente no que concerne a identificação precoce do abuso a pessoa idosa.

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