INFLUÊNCIA DA RAÇA/COR NO ATENDIMENTO ÀS MULHERES NO PERÍODO GRAVÍDICO PUERPERAL: UMA REVISÃO INTEGRATIVA DA LITERATURA

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Silas Santos Carvalho
Diego Alexander Gómez Ceballos

Resumo

No cenário dos serviços de saúde às mulheres, merece atenção destacar que o grau de instrução e cor da pele são dois determinantes sociais da saúde que estão associadas a uma série de desfechos adversos. A desigualdade social segundo a cor da pele entre puérperas é um tema importante e complexo. O objetivo desta pesquisa é analisar a influência da raça/cor da pele no atendimento às mulheres no período gravídico puerperal por meio de uma revisão integrativa da literatura. Trata-se de uma Revisão Integrativa da literatura que utilizou a estratégia PICo por meio dos descritores controlados: gestação, desigualdades sociais, raça, puerpério e seus termos alternativos. A busca ocorreu nas bases de dados LILACS, BDENF, MEDLINE via PUBMED e SciELO, no recorte temporal de 2020 a 2024. A amostra inicial foi de 1.077 artigos, estratificados após a aplicação dos critérios de inclusão e exclusão, perfazendo uma amostra final de 14 artigos. As pesquisas apontam que a cor da pele negra está relacionada à irregularidade no tratamento, como falta de contato da gestante com as unidades de saúde (vinculação), peregrinação para assistência, maior tempo de espera para atendimento médico, falta de acompanhante, dentre outros desfechos desnecessários. As mulheres negras enfrentam frequentemente barreiras no acesso a cuidados pré-natais de qualidade devido a razões financeiras, falta de transporte adequado, discriminação no sistema de saúde ou falta de prestadores competentes. O estudo reforça que a análise das desigualdades sociais e de saúde materna segundo a cor da pele entre puérperas é crucial para informar políticas e práticas de saúde pública que visem reduzir essas disparidades e promover uma saúde materna mais equitativa e inclusiva.

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