A casa e a rua: as diferentes percepções dos fatores de risco extrínsecos para as quedas nas narrativas dos idosos

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Patricia Morsch, Dra.
Mauro Myskiw, Dr.
Jociane de Carvalho Myskiw, Dra.

Resumo

Os fatores de risco extrínsecos para quedas parecem ser os mais reconhecidos pelos idosos. Dessa forma, o objetivo deste estudo foi verificar se existem diferentes percepções dos idosos sobre esses fatores em casa e na rua. Foi realizada uma pesquisa qualitativa, por meio de análise de conteúdo. Os dados foram coletados através entrevistas face-a-face por intermédio de um questionário semiestruturado. Os resultados encontrados foram baseados em uma amostra composta por 22 idosos (60+) de Porto Alegre, com idade média de 70,2±7,1 anos. Na realização da categorização dos dados, os fatores de risco extrínsecos foram subdivididos em duas subcategorias (“casa” e “rua”) demonstrando que, os idosos falam mais sobre os fatores de risco domésticos, porém aqueles encontrados na rua são considerados mais perigosos. Os achados desse trabalho são importantes a serem considerados já que o local com maior prevalência de quedas é a residência do idoso. Idosos mais ativos, muitas vezes não percebem os riscos à que estão expostos na realização das atividades de vida diária, pois as realizam naturalmente. Os fatores de risco extrínsecos devem ser abordados de maneira diferenciada já que, por meio desse trabalho, foi verificado que os riscos em casa e na rua são percebidos de maneiras diferentes. Uma abordagem menos objetiva, entendendo os significados atribuídos a cada fator de risco é importante para conseguir prevenir as quedas de forma mais eficaz.

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