O PROCESSO DE TRANSIÇÃO EPIDEMIOLÓGICA NO BRASIL: UMA REVISÃO DE LITERATURA
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Abstract
O perfil de morbi-mortalidade pode ser considerado um indicador relativo, tendo certo grau de sensibilidade e variabilidade, pois é influenciado pelas condições de vida e pelo desenvolvimento de cada população, sendo o resultado da interação entre diversos fatores interdependentes. O perfil de morbi-mortalidade no Brasil tem sido alterado ao longo dos anos e os processos de transição demográfica e epidemiológica tem resultado na formação de grupos populacionais com características peculiares e específicas. Omran (3) conceituou transição epidemiológica como complexas mudanças nos padrões saúde/doença e nas interações entre os mesmos, com influência de outros fatores consequentes e determinantes demográficos, econômicos e sociais. Um ponto a ser discutido relaciona-se às características do modelo de transição epidemiológica de nosso país. Barreto e Hage (4) enfatizam a especificidade do processo de mudança na situação demográfica e epidemiológica dos brasileiros, no qual observa-se uma mudança “atípica” nessa transição, sendo esta decorrente não apenas da reemergência ou presença constante dos casos de doenças infecciosas e parasitárias – se não com casos elevados de mortalidade, mas ainda, com casos relevantes de morbidade, detectados pelo sistema de vigilância epidemiológica e pelos registros ambulatoriais e hospitalares – como também pelo importante crescimento dos casos de doenças crônicas, degenerativas ou não, de causas externas, expressão da violência social em suas diferentes formas. O objetivo deste estudo é descrever o processo de transição epidemiológica no Brasil, resgatando estudos literários sobre os aspectos históricos do modelo epidemiológico e sua evolução com a mudança dos padrões de morbidade e mortalidade no país.
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