O FENÔMENO DA ROMANTIZAÇÃO: UMA ANÁLISE DA SÉRIE 13 REASONS WHY

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Carolina Marques de Melo
Pedro Octávio Gonzaga Rodrigues

Resumo

O suicídio perpassa a humanidade e se manifesta de diferentes maneiras ao longo da história, tornando-se tabu na atualidade. A romantização é amplamente comentada no senso
comum e figura entre revistas, jornais, periódicos eletrônicos, sites e blogs. Mas, ao pesquisar sobre ela em bibliotecas acadêmicas, notou-se a falta de um conceito que a categorize cientificamente. O presente trabalho teve como objetivo compreender o fenômeno da romantização e apontar se ele se expressa na obra 13 Reasons Why (1). Aqui, a romantização foi sistematizada e conceituada cientificamente, tanto para responder à pergunta de pesquisa, quanto para servir de base para os próximos trabalhos científicos sobre essa temática. Foram analisados catorze artigos, de onde foram retiradas características do fenômeno da romantização, que deram origem a três categorias de análise. As categorias foram elucidadas e ilustradas a fim de proporcionar o arcabouço teórico necessário para a posterior perquisição da obra audiovisual 13 Reasons Why, série acusada popularmente de romantizar a morte voluntária de sua protagonista. Assim, a romantização do suicídio foi analisada através dessas categorias e sua presença foi investigada na série. Os métodos de pesquisa utilizados para esta pesquisa qualitativa foram documentais e bibliográficos. Por fim, conclui-se que, apesar de possuir efeitos benéficos em temáticas como ideação suicida, bullying e violência, o seriado peca na maneira como apresenta estes temas, percebendo-se durante a análise a falta de responsabilidade e discernimento da produtora (2). Este posicionamento, segundo a presente pesquisa, pode acarretar a ocorrência de um novo Efeito Werther, uma elevação nas taxas de mortes autoinduzidas que decorre de um suicídio de um personagem fictício ou figuras conhecidas, inspirando assim os suicídios subsequentes (3).

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